Para conseguir se libertar do “cativeiro mental” e superar os anos de abuso, a filha precisará de muito além do que apenas força de vontade e persistência.

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Não será um caminho fácil. É  importante ter uma rede de apoio, de amigos e pessoas queridas. Conseguir lidar com tudo isso sozinha, é muito mais difícil.

 

• O primeiro passo é buscar conhecimento, a partir disso ficará mais fácil compreender o Transtorno Narcisista e todas suas implicações.

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• Também é importante buscar grupos de ajuda, ou pessoas que passaram pelo mesmo, para que exista uma validação. Com a validação, fica mais fácil se libertar do sentimento de “ser a única que passou por tudo isso”, de “ser sozinha e estranha no mundo” e “de ser maluca e ter imaginado tudo isso”.

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• Em seguida, é recomendável que se busque ajuda profissional! Muitas não possuem recursos financeiros e acreditam que não conseguirão esse tipo de tratamento. Mas é importante buscar em todos os lugares, de todas as formas possíveis, pois é algo muito importante.

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Procure no Sistema de Saúde Público, em Faculdades que oferecem tratamento gratuito, em Organizações Filantrópicas. Procure, não desista. Pois é algo que ajuda muito.

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O ideal é conseguir um tratamento com profissionais especializados em narcisismo, mas se isso não for possível, informe o profissional sobre o assunto: indique websites, livros, vídeos, ajude-o a compreender sua situação.

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O tratamento só tem resultados se for levado a sério, a longo prazo, com paciência.

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Se houver problemas de adaptação com profissionais que não passam confiança: mude, não tenha medo, procure outros.

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Muitas “pulam de galho em galho” até achar um profissional que passe confiança e competência no assunto.

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Se for realmente impossível conseguir ajuda profissional, busque o máximo de conhecimento que puder, e pratique a autoajuda - sempre com base em informações de fontes confiáveis!

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Acredite, há luz no fim do túnel. Há vida após o cativeiro. Não desista.

 

Você enfrentou abusos horríveis quando era criança. Você manteve sua posição pacífica, não revidou, continuou com sua empatia, com seu bom coração.

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Você não apenas sobreviveu.

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Você sobreviveu e se manteve uma boa pessoa. Não usou o sofrimento como desculpa para abusar de outros.

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Pense nisso quando sentir que não tem valor, quando a voz de sua mãe narcisista ecoar em sua mente: te diminuindo, te colocando para baixo.

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Acredite: a voz dela um dia vai calar, e você vai descobrir sua própria voz.