Informações sobre mães narcisistas
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Passado permanente
A maioria das pessoas acham que abuso infantil é algo simples de superar. Que basta “força de vontade”. Que é só “deixar de fugir da responsabilidade e tomar as rédeas da própria vida. ”
"Deixar o passado no passado."
São clichês de autoajuda muito famosos, mas que não servem para todos os casos.
O senso comum acha que ligar problemas atuais com a infância, é uma forma de “jogar a culpa nos pais”.
Muitos dizem: “mas agora você é
adulta. Isso tudo já passou. É só esquecer e tocar para a frente. Não se vitimize! ”
esse tipo de julgamento faz muitas pessoas
sentirem culpa.
Ficam com
vergonha de buscar ajuda.
Há inúmeros artigos, pesquisas e estudos científicos apontando para a mesma conclusão: o abuso na infância tem efeitos destruidores e permanentes no cérebro. Os sintomas são duradouros e podem piorar com o tempo.
São considerados traumas graves, como os de prisioneiros de guerra.
É uma luta que dura toda a vida. Todos os dias, todas as horas.
Muitos adultos se esforçam diariamente para combater os sintomas. Alguns se tornam dependentes de remédios para sobreviver. Outros não suportam tanta dor e se suicidam.
Portanto, deve ficar claro que os problemas da vida adulta podem ter raiz na infância.
O passado não fica no passado.
Isso deve ser reconhecido, para que se
possa buscar ajuda especializada. E tratar os traumas de infância, de forma adequada.
Todos
enfrentam dificuldades na vida adulta e aprendem a superar. No entanto, enfrentar problemas como adulto e como criança, são coisas diferentes.
Um adulto tem ferramentas para processar a adversidade e se defender. Uma criança é uma folha em branco, completamente indefesa.
Algumas pessoas
criam um bloqueio na memória, para não lembrar do passado. Porém, isso não impede que as consequências dos abusos aflorem.
Muitos adultos só se lembram dos abusos em sessões de hipnose, Quando conseguem compreender, finalmente, o motivo de
seus sintomas.
Alguns combatentes que retornam de guerras, acabam ficando com traumas graves e incapacitantes
(desenvolvem PTSD).
Algumas crianças nascem em famílias que são verdadeiros campos de guerra: vivem no terror 24 horas por dia, todos os dias, durante anos. Desenvolvem um quadro mais complexo do que soldados ex-combatentes (o C-PTSD).
Para saber as consequências do passado, na vida presente; leia:
REFERÊNCIAS:
J Read - 1999. Hallucinations, Delusions, and Thought Disorder Among Adult Psychiatric Inpatients With a History of Child Abuse.
Steven N. Gold. -2000. Not Trauma Alone: Therapy for Child Abuse Survivors in Family and Social Context.
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JL Borges, DD Dell'Aglio - 2008. Relações entre abuso sexual na infância, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) eprejuízos cognitivos.
CD Abranches, SG Assis - 2011. A (In)visibilidade da violência psicológica na infância e adolescência no contexto familiar.
ALBERTO, Isabel Maria Marques - 1999. Avaliação da perturbação pós-stress traumático (PTSD) e suas consequências psicológicas em crianças e adolescentes vítimas de maltrato.
JN Dutra - 2013. Conceito e diagnóstico do transtorno de estresse pós-traumático em crianças.
MP Cunha - 2013. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) na infância e na adolescência e sua relação com a violência familiar.
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JA Chu - 1999. Memories of childhood abuse: dissociation, amnesia, and corroboration.
http://www.outofthestorm.website/cptsd-description/
https://www.ptsd.va.gov/professional/ptsd-overview/complex-ptsd.asp
https://www.mindhealthconnect.org.au/complex-ptsd
https://www.nimh.nih.gov/health/topics/post-traumatic-stress-disorder-ptsd/index.shtml
https://news.northwestern.edu/stories/2015/08/traumatic-memories-hide-retrieve-them/
http://www.dana.org/Cerebrum/2008/Coming_Apart__Trauma_and_the_Fragmentation_of_the_Self/
http://aucklandtherapy.co.nz/Articles/TraumaAndDissociation.htm
https://www.sidran.org/resources/for-survivors-and-loved-ones/what-are-traumatic-memories/